Imagem: www.mestremarceneiro.com.br |
Em
certa marcenaria,
instrumentos
discutiam
qual
deles era o melhor
e
a esse rei requeriam.
Iniciando
a assembleia,
descartaram
o martelo,
pois
barulho ele fazia
batendo
como um cutelo.
O
martelo, por sua vez,
mandou
cair fora a lixa,
pois
era muito ranhenta
criando,
com isso, a rixa.
Também
foi muito infeliz
o
pobre do parafuso,
pois
dava voltas e voltas,
tornando
tudo confuso.
Abaixo
o senhor serrote
que
arranha a discussão,
com
suas idas e vindas
na
maior amolação.
Nisso,
entra o marceneiro
e
se põe a trabalhar
sem
que os defeitos de todos
lhe
fossem prejudicar.
Enfim,
se acaba o concerto
e
de um tronco sem formato
nasce
um móvel novo e caro
para
todos um belo ornato.
Vai-se
embora o marceneiro,
mas
fica escrita a sentença:
muito
vale cada um
com
seu talento e pertença.
Nenhum
de nós é perfeito,
mas
temos nossos valores:
julgar
o defeito alheio
retira
do mundo as cores.
2 comentários:
Belo poema, Graça.
Nenhum defeito do mundo conta.
Tantos os meus quanto os teus.
Quando temos um grande Marceneiro
E a quem chamamos de Querido Deus.
Ironia, rs...
Mário Cleber.
Parabéns, poeta. Tenho lido o seu blog e me divertido também.
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