ALEIJADINHO


 Caro leitor,

Você sabia?

Antônio Francisco Lisboa é o nome do artista conhecido mundialmente como Aleijadinho. Vivia em Ouro Preto no século XVIII (+ou - 1730), mas viajava para as cidades históricas. Possivelmente, a zamparina, sífilis, lepra, ou escorbuto, tiravam-lhe a vida, conforme nosso texto. À medida que lhe caíam as carnes, seus iguais escravos carregavam-no até os frontispícios ou altares das igrejas. Amarravam-lhe camartelo e cinzel nos tocos dos braços e ele esculpia, em madeira ou pedra-sabão, pias, chafarizes, oratórios, anjos gordos, madonas, santos, cristos etc. Seus ornamentos surgiam sempre confeccionados à base de ouro e pedras preciosas. Esplêndidas imagens, olhando para o céu com uma garrafa de vinho embaixo do braço, coloquei-as na escritura para o blog.

Por que em dois idiomas? Quis assemelhar a forma ao estilo Gótico e aos contrastes barrocos.

Observe: As letras B, r, o, constituíam processos mnemônicos certamente ligados a segredos da Conjuração).

Afirmam os antropólogos que cada profeta de pedra representa um dos inconfidentes. Estão locados em frente à Igreja Senhor Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas.

Francisco realizou seis Capelas dos Passos da Paixão no Santuário local.

Germain Bazin, estudioso francês, explicita-nos que as figuras maiores: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel; mais as menores: Oseias, Joel, Amós, Abdias (Tiradentes de dedo em riste, mentor da Revolução Mineira?), Jonas, Baruc (substituindo Miquéias), Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias, permanecem na posição perfeita de um corpo de balé.

Baruc em vez de Miqueias, por quê?

Na Vulgata, parte da Bíblia Católica, século 4, Concílio de Trento, declarou-se de uso comum aquele nome. Posteriormente, preferiu-se Miqueias (Reforma Ortográfica, sem acento agudo), devido à modernidade.

Felizmente, o Ministério da Cultura (2005), juntamente com parceiros, através do Projeto Monumenta, protege todas as doze estátuas.

Amigo leitor.

Pensei esse discurso enorme, a fim de incentivá-lo a conhecer esse mito universal, amado no Brasil e no resto do planeta. Quiçá, também no sistema solar para além de Plutão.

Abraço da autora.

Graça Rios

4 comentários:

Lopes al'Cançado Rocha, o Cristiano disse...

Excelente!

Unknown disse...

Muito bom essa é a autora inspiradora com seus belos textos

Unknown disse...

Que texto lindo!

João white disse...

Genio das coletâneas, deslumbrante, magnífico!

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