INDO VINDO PELO LINDO INFINDO LAR

Venha comigo, meu mel menino. Que tal sair por aí a saborear doçuras da vida? Está frio. Mil arrepios.

Vista um paletó, pocotó! Protegido, hein, querido? Então, basta olhar para ver alegrias fantasias dias.

Pois sorria da alva nuvem que desliza monalisa peralta pernalta no escorregador abrasador do céu. Aquela ela meninice tagarelice devorando algodão doce, docedoce, nos convida a passear no imenso suspenso parque Cetim Pirlimpimpim. Vá, filhim.

Viaje inocentes entes sagrados encantados: gnomos, sereias, teias, centauros, feras gentis e belas desadormecidas em aguapés igarapés mururés. 

Brincam nas arcas das barcas doces anjinhos - tão fofinhos! - semeando brigadeiros em canteiros fá dó mi comilão Rei Sol. Rasas asas esvoaçam voejam adejam, namorando bordados de serra. Serra-serra-serrador. Quantas tábuas já serrou? Puro Amor. 

Passarinham borboletas amarelas brancas pretas sob o anel do meu chapéu. Canarinhas azuis meio rosas, dez mais prosas, alvas ninfas anunciam: Gente, Luca vem ali, montado em carrossel. Corre, corre, corcel. Cavalinho, ligeirinho, traga logo nosso amigo sem perigo.

Peixinhas vão no vaivém vão.  Rubros beijos borbulhantes acenando: Quer um deles, maroto garoto? Tome cá ou dê lá uma duas adivinhas:

- Estrela do mar ama estro celestial? Por bem ou por mal?

- Rá, rá, rá. Ró, ró, ró! Quem falou que é uma só, bocó?

Fadas levadas irmãs mimadas contam histórias balançantes dançantes ululantes rodas gigantes:
Luca, era uma vez... certa princesa que brincava que saltava que bamboleava que aprontava no tobogã, mas o pequeno heleno Pã...   

Acertando no tiro ao alvo, papai  acha dura loucura ganhar essa peça linguaruda dentadura: 

 Ai, ai. ai! Ui, ui, ui. Sou muito novo, chupa-ovo. Melhor ter medo - que mané medo, seu Alfredo?

Ora, ora, vou-me embora no trem-fantasma.  Fora, ooô asma!  Olê, olê, olê, olá. Grita, grita, inté mancá: Café com pão, café com pão, manteiga não.  

ME DÁ UM PIÃO!

Será mesmo computador? Será celular? Divagar a vagar devagar, lá vem SuperPai carregando no abraço laço do braço seu fiote. Quanta sorte!

A noite chega. Alguém graceja: Ê, sono bravo, sem alinhavo!  

É hora. Vamo s’imbora. Mamãe espera pelo moleque.

Salamaleque, caia na cama, gatinho bom.

Amanhã dou sobremesa com recheio bembém cheio de bombom.

Graça Rios
                                                                                                                                                                                            

3 comentários:

Lopes al'Cançado Rocha, o Cristiano disse...

Isso é poesia em prosa! É a segunda vez que leio.

Antonio disse...

Um belo passeio pelas fabulas e contos

Antonio disse...

Um belo passeio pelas fabulas e contos

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