- Sentemo-nos, ninfa alvissareira (mente
babilônica). Gostarias de jogar comigo o Xadrez antigamente sagrado, sob o
olhar do cervo, ali, também cheio das sábias habilidades? Arte e engenho na
Torre. Movimento roque defensiva (amostrando mãos em cima da Torre erguida,
basta florada). Espio o estranho expiando-me lançar o dado. Um coup de dés.
Ei-lo, tremendo vivo real num sonho em que tento ganhar alguma coisa indizível.
Ou seja, A Coisa. O fim da Partida. Viso ao inexplicável inexorável porvir
vindo de surpresa do tempo passado. Milêniosalinhada ao chão, deitada à espera dele,
entoo - pra me bendizer - a Cantiga que a Gente Canta. Depois, Os Amores que a Gente
Quer. Inútil o inominável entenderes, ledor racional, incrédulo parceiro. Nossa
situação desarrazoada, vice-versa versa-vice ziguezague. Digamos, caro amigo:
Trata-se do impossível na presente narrativa. Melhor, representá-lo-ei vazio
lume vago. Entende- me vertical: - Concebes porventura aquele buraco fundo onde
todas as palavras serão logo enterradas por mim, mulher prolixa em lendas ao pé
da fonte ou na ribeira? Sim? Mais ou menos isso. Súbito, o ignoto astronauta
agarra-me a cintura. Despe-me a camisa. Solta, andando o Peão, passeio o ritual
da antiquíssima Tília, durante o Culto à Fecundidade. Ulalá! Curvo-me, sempre
ávida do desconhecido, obstáculos. Frouxa da mais voluptuosa ânsia, após irei
dizer à mãe e ao pai: - Da gleba vencedora, vou varrer vossa casa, lavar vossa
roupa. Abandonados sobre relva amarfanhada, aqui jazz harpa. Saltério. Cravo.
Xeque-mate.
Graça Rios
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